Female genito-pelvic pain/penetration disorder: review of the related factors and overall approach / Perturbação de dor Gênito-pélvica e da penetração: revisão dos fatores associados e abordagem geral

Abstract Genito-pelvic pain/penetration disorder (GPPPD) can be an extremely bothersome condition for patients, and a tough challenge for professionals regarding its assessment and treatment. The goal of the present paper is to review the etiology, assessment, and treatment of GPPPD, especially focusing on the cognitive aspects of the disease and cognitive-behavioral treatment options, through a non-systematic review of articles indexed to the Medline, Scopus and Web of Science databases, using the following MeSH queries: pelvic pain; dyspareunia; vaginismus; vulvodynia; and cognitive therapy. Altogether, 36 articles discussing the etiology, diagnosis and management of GPPPD were selected. We provide an overview of GPPPD based on biological, psychological and relational factors, emphasizing the last two. We also summarize the available medical treatments and provide strategies to approach the psychological trigger and persisting factors for the patient and the partner. Professionals should be familiarized with the factors underlining the problem, and should be able to provide helpful suggestions to guide the couple out of the GPPPD fear-avoidance circle.

Resumo A perturbação de dor gênito-pélvica e da penetração (PDGPP) é uma patologia com elevado impacto no bem-estar das pacientes, e traduz-se num desafio diagnóstico e de tratamento para os profissionais que as acompanham. O objetivo deste artigo é rever a etiologia e o tratamento da PDGPP, tendo em conta, principalmente, os aspetos cognitivos e as abordagens de inspiração psicoterapêutica cognitivo-comportamental. Para tal, foi efetuada uma revisão não sistemática dos artigos indexados às bases de dados Medline, Scopus e Web of Science, usando os termos: dor pélvica; dispareunia; vaginismo; vulvodinia; e terapia cognitiva. No total, foram incluídos 36 artigos discutindo a etiologia, diagnóstico e tratamento da PDGPP. Neste artigo, proporcionamos uma revisão do tratamento da PDGPP baseado em fatores biológicos, psicológicos e relacionais, enfatizando os últimos dois. Também resumimos as opções de tratamento

Vulvodínia: diagnóstico e tratamento / Vulvodynia: diagnosis and treatment

A vulvodínia é uma condição de desconforto vulvar crônico que afeta milhares de mulheres a cada ano. Trata-se de síndrome multifatorial com grande impacto na qualidade de vida das mulheres afetadas. Seu tratamento representa atualmente um desafio para o médico assistente que, apesar de estar mais atento ao seu diagnóstico, ainda não encontra evidências científicas para tratamento dessas pacientes. Ainda não é possível encontrar revisões sistemáticas ou metanálises pela heterogeneidade dos artigos. A abordagem multidisciplinar parece trazer melhores resultados. Habitualmente essas mulheres passam por vários especialistas à procura de alívio dos seus sintomas, na maioria das vezes sem sucesso. Este artigo objetiva fazer uma revisão atualizada do diagnóstico e tratamento da vulvodínia para orientar a prática clínica.(AU)

Vulvodynia is a vulvar discomfort and chronic condition that affects millions of women each year. It is a multifactorial syndrome with great impact on the quality of life of women affected by it. Its treatment is currently a challenge for the physician. Despite being closer to the diagnosis, scientific evidence for treating these patients has not yet been found. Systematic reviews and meta-analysis cannot be found due to the heterogeneity of the articles. A multidisciplinary approach seems to bring the best results. Usually these women consult several specialists seeking relief of their symptoms, most of the time without success. The aim of this article is to review the current diagnosis and treatment of vulvodynia to guide clinical practice.(AU)

Vulvodinia: un diagnóstico olvidado frente al dolor vulvar / Vulvodynia: unknown etiology of vulvar pain

La vulvodinia es una patología compleja y de difícil tratamiento. Se define como un dolor crónico de la vulva, que puede ser generalizado o localizado. La primera vez que se escribe sobre esta fue en 1889, por Skene. Sin embargo, es sólo hasta 1976, que los miembros de la International Society for Study of Vulvovaginal Diseases, reconocieron el dolor vulvar como una entidad patológica. Se estima una prevalencia de un 15 por ciento, con unas 14 millones de mujeres que lo padecen en EEUU. Generalmente consultan múltiples veces y a diferentes médicos, antes de llegar a un diagnóstico. No existen pruebas específicas, por lo que la clínica y el examen físico son las principales herramientas. Se deben excluir todas aquellas patologías que explican este dolor crónico vulvar. Su etiología es multifactorial, involucrando cambios a nivel de nociceptores, alteraciones de la inervación y la presencia de factores inflamatorios. Sin embargo, no podemos dejar de lado los aspectos psicosexuales, que pueden modular o desencadenar el dolor vulvar, al encontrar un sustrato alterado a nivel de estos tejidos. Basándose en estos aspectos, hoy existen diferentes tratamientos, que son efectivos si los utilizamos asociados y en forma gradual, ya que se potencian entre ellos.

Vulvodynia is a complex pathology and difficult to treat. In 1889 Skene was the first who write about this. However, only until 1976 the members of the International Society for Study of Vulvovaginal Diseases, recognized the vulvar pain as a disease entity. Prevalence estimated at 15 percent with an estimated 14 million women who suffer in the USA. A high number of gynaecologists do not know this diagnosis. For this reason women consult multiple times and to different doctors to reach a diagnosis. There are no specific tests for diagnosis. Finding in the clinical and physical examination are the main tools for this diagnosis. The different pathologies that could explain the presence of a chronic vulvar pain must be excluded. Undoubtedly its aetiology is multifactorial, involving changes in the number of nociceptors and alterations in the innervations, and the presence of inflammatory factors that may be the starting point of this pathology, as it seeks to explain the neuropathic theory. However we can not ignore the psychosomatic theory in explaining the psychosexual disorders as a trigger vulvar pain, in these altered tissues. Based on these aspects there are now treatments that are more or less effective when are gradually associated for better results.